sexta-feira, 11 de março de 2016

Dias de descanso em Lanzarote

A saída foi um bocado difícil porque saímos de casa de madrugada (antes das 3 da manhã - o marido saiu do trabalho e veio buscar-nos e eu sem dormir....) para apanharmos o avião às 8 e pouco. Mais vale prevenir, que é o que penso sempre é vamos sempre pelo menos 2 horas mais cedo, por isso ainda tomámos um caramel machiato no Starbucks do aeroporto em Genebra. E foi espetacular olharmos para o relógio exatamente às 6.24 (hora do nascimento) no dia em que a cerejinha fazia 8 meses ❤

Chegámos a Lanzarote pouco antes das 2 e já tínhamos reencontrado os meus pais no aeroporto em Madrid. Os abraços dos reencontros são sempre um bocado atabalhoados,  mas tão gostosos!
No domingo pouco mais fizemos do que levantar o carro alugado logo no aeroporto, 'tapear' qualquer coisa de almoço, a meio da tarde, e ir procurar o hotel. Estávamos todos de rastos e dormi que nem uma pedra!

As férias correram bem, mas também começou no domingo a saga dos vómitos da princesa. Estranhou os ares ou a comida ou não sei o que se passou, mas a verdade é que andava com o estômago desarranjo e vomitou algumas vezes!

Na 2a, começámos bem o passeio e estipulámos alguns sítios giros que gostávamos de ver. Houve fotos das paisagens e do mar. Que saudades! É o mesmo Atlântico de Portugal, mas o mar português é outra coisa, mas mesmo assim deu para encher os olhos de azul e de sol!
E também descobri que Lanzarote é Reserva da Biosfera da UNESCO devido à perfeita harmonia entre o homem e a natureza e isso percebe-se em toda a ilha, não só nas povoações, mas também nos locais de interesse que visitámos (e de certeza que em outros sítios também, mas 3 dias não chegaram para ver tudo!)

De manhã fomos ao Jardín de Cactus, concebido por César Manrique (a sua última obra em Lanzarote), que transformou uma antiga pedreira num jardim-museu e vale muito a pena a visita. Mais informações aqui.

E ainda conseguimos ir aos Jameos del Agua antes do almoço. Adorei! A piscina de água azul turquesa é qualquer coisa e a gruta escavada na rocha é deslumbrante e muito relaxante. Fiquei a pensar que seria um sitio muito interessante para se fazer uma aula de Yoga. Neste parque também há um museu sobre o vulcanismo - Casa del Vulcan - e achei muito interessante poder conhecer melhor a ilha na sua vertente vulcânica, que domina completamente a paisagem e o ambiente.

Na 3a reservámos o dia para o Parque Nacional de Timanfaya e não nos arrependemos nada. Era isto que esperava da ilha, mas ainda achei mais surpreendente ao vivo. A paisagem é impressionante e irmos de autocarro com áudio guia ainda ajuda a perceber melhor a história das erupções (que já não acontecem desde meados do século 18). E por incrível que pareça nesta paisagem estéril e árida existem cerca de 180 espécies vegetais.
Uma curiosidade é que no restaurante do Parque, os grelhados são feitos com o calor da terra, um bocadinho à semelhança dos nossos Açores e do cozido das furnas que é cozinhado numa panela num buraco, mas aqui neste caso o calor sobe por um poço e grelha-se a comida na tal grelha e posso dizer que é uma delícia!
Também se pode fazer um passeio de camelo, e apesar de o meu marido querer, mais ninguém alinhou... fica para uma visita a Marrocos!

Depois do Parque Nacional ainda fomos espreitar El Golfo e o Lago Verde com a sua água de cor verde devido às algas. Também passámos por Los Hervideros (embora não tivéssemos visto as grutas) e pelas Salinas de Janubio. Fomos vendo algumas praias pelo caminho e fomos à povoação que se chama Playa Blanca, onde ainda nos perdemos lá por um empreendimento em construção. Enfim... histórias para contar não faltam!

Na 4a feira, fomos a Teguise, antiga capital da ilha com muitas histórias sobre piratas e nome de princesa. É uma vilazinha engraçada, mas não sei se foi por ser dia de semana, mas estava muito parada e até a igreja de Nuestra Señora de Guadalupe - bastante imponente por sinal - estava fechada! Sei que aos domingos há um mercado enorme, mas não tivemos oportunidade de ver. Também fomos a Tías e eu fui à Casa Saramago.
Gostei mesmo muito de conhecer a casa onde viveu (e morreu) Saramago, mas apesar de se ter transformado num museu, não consegui evitar sentir-me um bocado mirone, porque no fim de contas, há objetos pessoais espalhados por todas as divisões e a casa ainda é parcialmente habitada pela viúva, Pilar del Rio.
Ainda conseguimos almoçar à beira-mar com vista para a marina de Puerto del Carmen e à tarde fomos piscinar um bocadinho com a princesa na piscina do hotel. A água estava fria, mas deu para rirmos um bocado e para fazermos uma fotos. Arrumámos as malas, que ainda tivemos de ir comprar, porque comprámos alguns recuerdos e a minha mãe levou-nos algumas coisas de Portugal que eu tinha comprado online e não conseguíamos trazer nada disso nas malas que tínhamos. Assim como assim, também precisávamos de malas de cabine novas, por isso ficou despachado!               
                                                                             
Na 5ª feira o voo era à hora de almoço, por isso ainda deu para irmos passear um bocadinho a Arrecife, e vimos a feira e o Charco de San Ginés e o centro histórico da cidade. Não tivemos oportunidade de visitar os castelos, mas vimo-los ao longe.

Já não consigo precisar quando é que tinha sido a última vez que fui de férias com os meus pais, mas posso dizer que valeram muito a pena estes diazinhos longe de casa e fora da rotina e a aproveitar os mimos da família.

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