segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Viagem interminável

O mês de novembro foi um dos mais curtinhos do ano passado, menos pelos no que toca a saudades. No início do mês tive a visita dos papás e da minha irmã, do meu cunhado e do meu pequeno sobrinho e vi a minha casa ‘invadida’ por rostos familiares e por sorrisos que me acalmaram muita da angústia que me ‘ataca’ muitos dos dias da minha estadia não só por me saber sem eles, mas mais por sabê-los sem mim!
No fim do mês fui a Portugal num instantinho à pressa beijar os avós, os tios e os primos e houve almoço de família (a minha comadre disse-me ‘Ó rapariga, tu ainda não comeste nada! Só falas Piscar de olho! e eu tive de me rir e respondi-lhe ‘Na Suíça tenho tempo de comer, agora preciso é de matar saudades e de encher o stock de conversas com a família!’) e entre a noite de sábado e a hora de almoço de segunda houve tempo para a família, para algumas compras, para matar as saudades de sushi e ir conhecer o Mercado da Ribeira – onde hei de voltar com mais tempo! –, e para planear a viagem de regresso que seria de carro!
Achei que seríamos loucos, mas havendo uma carro mais espaçoso em Portugal e aqui com espaço para o ter, decidimos trazê-lo para cá e assim aproveitar a oportunidade de trazer algumas coisas que faziam falta e que iriam ter custos ao trazer de avião.
Quase 36 horas de viagem (com uma noite bem dormida pelo meio) podiam ser uma chatice, mas felizmente correu tudo bem. Não nos chateámos pelo caminho, ficámos com peripécias para contar e com conselhos para dar: tentar sair depois do pequeno-almoço – sair de manhã é sempre melhor, mas desta vez foi o que se arranjou!-; nunca mais pensar em parar para dormir em San Sebastian – o gps indicou-nos 3 hotéis que não conseguimos encontrar e acabámos por perder mais de uma hora nessa brincadeira e alguns euros de portagem… Também fizemos piquenique em trânsito, conversámos muito e felizmente não tivemos fiscalização na fronteira à entrada da Suíça. Fiquei com várias instantâneos fotográficos gravados na memória e  fiquei a conhecer uma adorável cidade francesa onde espero voltar com mais tempo.
viagem
Há cidades sobre as quais já vamos tendo alguma ideia formada, mas Bayonne não era definitivamente uma delas. Chegámos à cidade bem depois da meia-noite com o cérebro fixado no destino: o primeiro hotel ibis que aparecesse e com o corpo a pedir descanso. Chovia torrencialmente e não se via um palmo à frente do nariz, tanto que ficámos encharcados na dúzia de passos que demos entre o estacionamento e a entrada do hotel. Bendita noite de sono que nos recarregou as energias para mais 1000km de viagem e felizmente de manhã o céu estava mais claro, apesar de continuar a chover.
Conseguimos não nos perder num sítio onde nenhum de nós tinha estado e mesmo com chuva, percebi que tenho mesmo de voltar lá. Bayonne pareceu-me uma cidadezinha encantadora e cheia daquele charme francês irresistível. Tem várias coisas de que gosto muito: um rio e muitas pontes, uma catedral imponente, ruas planas perfeitas para andar a pé e fachadas coloridas! Uma cidade a visitar com mais tempo definitivamente!
bayonne5bayonne2bayonne4bayonne3bayonne 

Todas as imagens de Bayonne daqui.

Sem comentários:

Enviar um comentário

E como as cerejas são para serem partilhadas, partilha também a tua opinião ou o teu desabafo:)

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...